quarta-feira, 29 de abril de 2009

BIOTECNOLOGIA: 3º ano do ensino médio - Profa Ivanise

UMA SOLUÇÃO PARA O CRESCIMENTO DA POPULAÇÃO E A FOME NO MUNDO?

Este texto foi pesquisado no site do google pelos alunos para estudo e consientazação dos problemas da fome no mundo.

Figura 1 - Fome no mundo
É natural que nos preocupemos com o excesso ou a diminuição da população, assim como, também com a fome, nesta ou naquela parte do globo terrestre. A fig. 1 nos mostra a distribuição da fome no mundo, segundo dados FAO (food agruiculture organization)/GIS (Geographic information systems), 2003. Como conseqüência desta apreensão existencial, assistimos a inferência estatal na China, limitando o número de filhos por casal, e, o controle estatal da emigração em países desenvolvidos. Apreensão esta, traduzida pelos habitantes nativos em discriminação racial, desemprego, além do aumento do consumo de drogas, suicídio e aborto. Em contraposição, os países subdesenvolvidos têm sua população aumentada devido à ignorância, à qual causa sérios problemas sociais, como a fome e a falta de uma estrutura mínima e digna para a sobrevivência de um ser humano. Sabemos, hoje, que a população do globo terrestre gira em torno de 6,4 bilhões de habitantes e deverá atingir o ápice de 9 bilhões em 2050, entrando então, em declínio1.
A população brasileira, atualmente com aproximadamente 183 milhões, deverá ter 260 milhões de habitantes, quando também entrará em declinio2, principalmente nas regiões sul e sudeste. Estes dados levantam as seguintes questões: Como sustentar uma população crescente? Porque depois de um certo período esta população começa a decrescer? A resposta racional a estas duas questões é o equilíbrio populacional, ou seja, uma taxa de fecundação igual a da mortalidade, ou ligeiramente superior a 2 filhos por mulher.

O crescimento demográfico nos trouxe a preocupação com a alimentação e a necessidade de desenvolvimento tecnológico para suprí-la, além de fomentar a migração do campo para a cidade, causando desequilíbrios sociais e o colapso dos órgãos da previdência e assistência social. Por outro lado, a implosão demográfica promove a diminuição de trabalhadores ativos e o aumento da população idosa, como também o colapso dos órgãos previdenciários, conforme podemos atualmente assistir em alguns países desenvolvidos.



O estudo antropológico nos mostra que a civilização extrativista do homem passou por uma grande metamorfose quando percebeu a necessidade de fixação de suas raízes. Então, premidos pela necessidade alimentar, começaram a domesticar animais e plantas e a ter pequenas criações e lavouras para sua sobrevivência, iniciando assim, as primeiras técnicas de seleção e manejo de animais e culturas agrícolas.

A partir de meados do século XIX, iniciou-se uma nova era para a ciência em geral, devido à sua desvinculação da religião e, ao rápido crescimento da população mundial. Deste modo, novas tecnologias foram desenvolvidas tendo em vista aumentar a produção de alimentos, incrementando o uso de melhores equipamentos, controle de doenças e pragas da lavoura com agroquímicos i naturais e sintéticos.

Com a intensificação do uso de produtos como o DDT e o BHC, notou-se que além do efeito específico, havia também um alto efeito residual dos mesmos e um aumento da resistência aos insetos e doenças. Assim, a cada geração de novos produtos desenvolvidos, além do controle da praga, havia o aumento toxicidade humana, diminuição da especificidade e, com o tempo aumento da resistência as pragas, além do maior desequilíbrio ecológico.

A partir da década de 60, iniciou-se o uso de produtos mais específicos, passando, os mesmos, a serem mais seletivos e integrados com outros processos de controle, como os biológicos, naturais e sintéticos (hormônios, vírus e bactérias, etc) e, os físicos tais como novas técnicas de manejos e máquinas mais eficientes. Essas necessidades e alertas como a resistência natural dos insetos e doenças, fitotoxicidade, alta toxicidade para mamíferos e até problemas ambientais, levaram o homem a desenvolver a biotecnologia através da biogenética ou organismos geneticamente modificados (OGMS). O que é a biogenética ou transgenia? A biogenética é uma técnica de manipulação dos genes de plantas e animais, podendo o DNA de um ser inserido no outro e causar alterações importantes em suas estruturas, como veremos a seguir.

Figura 2: Biogenia tradicional de plantas
Figura 3: Transgenia de plantas

A figura 2 nos mostra a técnica de cruzamento tradicional sexuada, onde ocorre a combinação simultânea de diversos genes, além do gene visado (metade dos genes da planta doadora), e a figura 3 a transgenia desejada, ou seja, mais precisa e rápida, enquanto que a tradicional outras características são transferidas em muito mais tempo. É importante frisar que estas técnicas são bem complexas, exigindo amplos conhecimentos de meios de cultura artificiais e específicos “in vitro” e muitos anos de experimentos, assim como a manutenção de bancos de germoplasmas e sequenciamento genético.

Alguns resultados de melhoramentos trangênicos já estão sendo aplicados em larga escala em culturas de soja, algodão, milho e cítricos, apresentando maior resistência a insetos, herbicidas e doenças; algumas culturas estão em estudo ou aguardando a liberação pelos órgãos reguladores, às quais, levam ao aumento da produção e dispensa de aplicações de agroquímicos, modificam a composição de lipídios (óleos), vitaminas, aumenta o teor de proteínas, amido (mandioca), genes para maturação retardada (longa vida), produção de fitoterápicos para a fabricação de remédios, fixação de nitrogênio, vacinas comestíveis (por ex. vacinas contra a difteria em bananas) ou que aumentem a massa de celulose em eucaliptos, etc.
A biogenética, também, já é aplicada na melhoria de gado de corte, aumento da produção leiteira, diminuição da gordura de porcos, precocidade de frangos e resistência a doenças.
Novas técnicas de melhoramentos, como a clonagem reprodutiva, podem ser importantes no desenvolvimento de matrizes, e a clonagem terapêutica, dispensando remédios (principalmente antibióticos), inseticidas, vacinas e hormônios que sabemos serem prejudiciais à saúde humana.





Nenhum comentário:

Postar um comentário